terça-feira, 6 de novembro de 2007

ÁGUA E LEI

Todo país que se preze tem uma Lei de Águas, que regula o uso e o consumo. Nos países conscientes, ela pune severamente a poluição e o desperdício, e o objetivo sempre é o bem estar social e a preservação de um recurso finito. No Brasil, a Lei 9433 (8/1/97) define a água como um bem de domínio público, um recurso limitado e que possui um valor econômico e social. Trata da concessão da água para uso econômico, cobra pelo uso da água, e prevê pagamento no caso de uso de cursos de água para o lançamento de efluentes (sem abrir mão da preservação, de conformidade com o CONAMA). O que a sociedade espera é o estrito cumprimento da lei pelos agentes econômicos e pelo poder público, reduzindo o desperdício, eliminando a poluição, preservando um bem escasso e garantindo um recurso estratégico para o país, a herança social dos nossos filhos.

ÁGUA, USO E CONSUMO

Usar água significa que parcela ponderável dela volta ao ambiente original; consumí-la significa que ela se torna indisponível, demora para retornar ao seu ciclo natural, via de regra distante do ponto de consumo. A agricultura é responsável por dois terços do uso e por quase 90% do consumo de água. Em contrapartida, a indústria usa um quarto e consome menos de 5% da água (embora muitas vezes volte poluída ao ambiente). O uso e o consumo de água guardam uma relação logarítmica com a população e a renda per capita mundial. A necessidade de mais alimentos significa um aumento no consumo de água, para as diferentes atividades agrícolas. Nesse cenário, cresce a importância da conscientização sobre dois fatores: desperdício e poluição. O desperdício é representado por uso e/ou consumo excessivo e desregrado da água. Já a poluição é causada pelo desmatamento ciliar, pela falta de proteção nas nascentes, pelo mau manejo de solo, pelo distanciamento dos paradigmas da agricultura sustentável, pelo uso inadequado de agrotóxicos e fertilizantes, pela falta de investimento no tratamento de efluentes, etc. Conservar o recurso água significa eliminar ou reduzir desperdícios e poluição.

ÁGUA É MAL USADA

Concluímos que água não falta, até pelo contrário, sobra. Nossos problemas estão na sua distribuição geográfica desuniforme e no mau uso que dela é feito. Nos interessa de perto os maus tratos que aplicamos à água enquanto insumo produtivo para a agricultura. Mas não há como passar ao largo de outras formas de poluição e esgotamento. Segundo a Embrapa, metade dos municípios brasileiros são abastecidos por água retirada de poços. Ou seja, teoricamente água protegida da agressão do Homem. Apenas teoricamente, porque nem lá embaixo a água está protegida. Os franceses estão apavorados com a descoberta de diversos poluentes, oriundos de atividades agrícolas, em águas subterrâneas. Uma das descobertas é a alta concentração de nitritos, indutores de tumores malignos, em concentrações que inviabilizam o uso da água. De onde vieram os nitritos? Ou do uso super-intensivo de adubos nitrogenados altamente solúveis, ou da lixiviação de dejetos da suinocultura. O que está provocando conflitos na monolítica estrutura de cumplicidade no seio da Comunidade Européia, para manutenção dos subsídios agrícolas, porque os subsídios constituem uma peça angular na manutenção do status quo tecnológico, e dos efeitos colaterais dele derivados.

ÁGUA É BENÇÃO

Não temos muito que reclamar do "Patrão Velho" lá de riba, que estava de muito bom humor quando criou o Brasil. Ele caprichou na terra, nas florestas, no clima, nas mulheres lindas, e nos deu água, muita água doce. Certo que a maior parte está concentrada lá na Bacia Amazônica, mas vamos entender a extrema sabedoria do Criador: eu sei que povinho que eu estou pondo lá, então vou dar água mais que suficiente para ele viver nas outras regiões, dou uma "castigadinha" no Nordeste, e ponho uma fortuna em água na Amazônia. Porém, com milhões de dificuldades, que é para ser a reserva para o século XXIII, às vésperas da grande revoada da Humanidade para outro Planeta. Mas, o que Ele nos deu de água no restante do país é uma fábula. Vou ficar apenas num exemplo que estudei recentemente: pelas cataratas do Iguaçu passam, a cada segundo, cerca de 11 milhões de litros de água. O suficiente para atender as necessidades diárias de Londres ou Paris a cada 150 seg; Tóquio em 175 seg; Nova Iorque em 200 seg; da cidade do México em 225 seg; São Paulo em 360 seg. Parece espetacular? Então vou lhe responder como aquele meu professor de Zoologia: espere quando estudarmos o burrichó! Porque, pelas máquinas e pelo vertedouro de Itaipu, sobre o Rio Paraná, passa 5 vezes mais que isso. A cada 100 dias jorra água suficiente para atender a necessidade de toda a população mundial!

ÁGUA É MAL DISTRIBUÍDA

A distribuição geográfica da água é um dos pontos cruciais e um problema estrutural sério. Ela está onde está e não está onde não está, no entanto é necessária nos dois locais. Quando estive em Israel, na Palestina e na Jordânia, fiquei a pensar com meus botões: por que séculos de guerra por aquele deserto improdutivo, temperatura de 45 graus C no inverno? Filosofia à parte, o fato é que a História não vai mudar e seres humanos continuarão habitando locais inóspitos, sem água. E a necessidade de água será eterna. Para atender a demanda, as alternativas visíveis são: fazer chover onde não chove; ir buscar água no sub-solo, se existir; tornar potável a água do mar e transportá-la onde for necessária; ou buscar água doce onde existir. Como as previsões da ONU são de que, embora declinantes, as taxas de crescimento populacional serão positivas nos primeiros 50 anos do século XXI (população entre 9 e 10 bilhões), a demanda por água crescerá em taxas superiores à demanda de alimentos. Porque, produzir alimentos, requererá ainda mais água. Mesmo na Pátria Amada, morremos afogados na Amazônia e de sede no Nordeste. Projetos para resolver o problema, como a transposição do São Francisco, são polêmicos e custam bilhões de dólares.

ÁGUA É DINHEIRO

Não sei quantos vão lembrar desse episódio, porém durante a primeira crise do petróleo, lá nos anos 70 de repente um brasileiro propôs: nós não temos petróleo, estamos pagando o olho da cara para importá-lo dos árabes; eles não têm água, estão pegando os bilhões de dólares do petróleo para construir super-estruturas caras e ineficientes de tratamento de água salgada. Então, porque não aproveitar o petroleiro que volta vazio e vender água para a OPEP? Essa discussão ficou um tempo na imprensa e acabou desaparecendo pela dificuldade de operacionalização, porque esgotou-se em si mesma e porque nos acostumamos com o preço. Mas, o problema está aí e continua: alguns países têm petróleo, ou tem dinheiro, ou tem comida, ou tem alguma coisa de valor econômico, e outros têm água. E água tem valor presente, e terá valor cada vez mais intenso no futuro.

ÁGUA É VIDA

Não há vida sem água, o seu corpo é composto por dois terços de água. Os alimentos que você ingere foram produzidos com água e contém água; os processos industriais usam água. Água é saneamento, é limpeza, é higiene, é a substância que permeia com maior intensidade e freqüência as atividades humanas. No uso quotidiano - aprendi nas aulas de Engenharia - que um cidadão médio necessita de 200 a 300 litros de água, para atender a todas as suas necessidades. Mas, o uso direto pelo ser humano representa uma das demandas de água doce, e não é a maior: existe a demanda industrial, ou, para ser mais abrangente, a demanda das atividades econômicas da urbe, e a demanda do setor agropecuário. Na área industrial água é base para produção de energia em pequena escala, vapor, refrigeração, lavagem, etc. E também é necessária para produção de energia em larga escala, como as hidroelétricas que, embora não consumam a água, impõem uma série de exigências técnicas e limitações ao seu uso. Por exemplo, o volume d’água necessário para operar uma hidroelétrica limita o volume que pode ser utilizado nos perímetros irrigados.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

ROCHAS

Tipos de rochas, geologia, formação das rochas, rochas magmáticas, rochas sedimentares e rochas metamórficas, rochas ígneas, dados geológicos, geografia.


Rocha é a união de diferentes tipos de materiais em estado sólido (minerais, massas salinas, substâncias vítreas, etc.) que juntos formam a crosta terrestre.

Estes materiais podem, ser coerentes (xisto, basalto, granito, mármore, etc.) ou incoerentes (argila, arenito, siltito, etc); com formação simples, também conhecida como uniminerais (quartzitos, dunitos, mármores, etc.) ou composta, chamada também de pluriminerais (granito, Kinzigito, etc).

As rochas estão separadas em três diferentes grupos:

Rochas Magmáticas ou ígneas: estas são originadas através materiais em estado de fusão que se solidificam por resfriamento, entre eles os minerais feldspatos, a mica, os óxidos metálicos, os minerais silicatos ferro-magnesianos, etc.
Rochas Sedimentares: surgem nas zonas profundas da litosfera (crosta terrestre). Sua formação se dá a partir de processos físico-químicos que sofrem os agentes destrutivos. Ex. arenitos, calcário, folhelhos, etc.
Rochas Metarmórficas: Estas passam por mudanças e têm sua origem através das rochas magmáticas, das sedimentares e também das metamórficas. Tal transformação acontece pelo aumento da temperatura e ainda ocasiona a elevação da pressão e o aumento de deslocamentos, o que resulta na fragmentação da rocha original.

SOLO

Em agricultura e geologia, solo (crosta terrestre) é a camada que recobre as rochas, sendo constituído de proporções e tipos variáveis de minerais (formados por intemperismo da rocha subjacente, a rocha-mãe) e de húmus (matéria orgânica decomposta por ação de organismos do solo). Também se refere, de modo mais restrito (especialmente na agricultura), à camada onde é possível desenvolver-se a vida vegetal. O nome técnico para o solo, em geologia, é manto de intemperismo, e ele se localiza logo acima da litosfera.


Arando o solo para plantio
Já para a Engenharia Civil "solo" é o manto que cobre a terra e pode ser escavado com auxílio de pá e picareta. Sua espessura, nesse caso, varia de poucos centímetros a algumas dezenas de metros. O solo nesse ramo do conhecimento é analisado sob as perspectivas de servir como material de construção ou como elemento de suporte das estruturas ou edificações nele assentes. No primeiro caso o solo é usado para construir barragens, aterros ou até mesmo para ser empregado no concreto. No caso do solo servir como suporte de construções ele é analisado quanto a sua resistência e quanto a sua compressibilidade (deformação que fica submetido sob imposição de cargas).
É no solo que se desenvolve a maior parte da vida terrestre, fluvial, lacustre e marítima. Os seres vivos, bem como o vento e as águas, são os agentes de formação e modificação do solo, que na maior parte têm entre 1 e 1,5 metro de profundidade.


Erosão do solo.O maior causador dessa erosão é o homem ,pois desmatanto as florestas, ele aumenta o risco de erosão.
Os solos são estudados, dentro da Geologia, por uma ciência chamada pedologia, que classifica os solos da Terra pela composição e fertilidade. A composição do solo determina seu pH, fator importante na fisiologia vegetal.
Ao analisar o solo, considera-se sua fisionomia física antes de estudar a composição química. Nesta análise visual inicial, se distingue os horizontes do solo, detectando-se a translocação de argilas e matéria orgânica pela cor e consistência. Depois recolhe-se amostras que serão analisadas para determinar a composição em areia (grossa e fina), argila e silte. Essas partículas se distinguem primeiro pelo tamanho, mas suas propriedades são diferentes, por exemplo, as argilas adsorvem partículas.
Durante décadas se supôs que a fertilidade do solo fosse fator de sua composição química, exclusivamente. Atualmente se intensifica o estudo dos microorganismos do solo, após o reconhecimento de sua importância para a agricultura. Aproximadamente 95% da micro fauna do solo é desconhecida por nós.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

HIDROSFERA

Hidrosfera é a esfera de todas as águas do planeta, os quais formam uma camada descontínua sobre a superfície da Terra.

O termo hidrosfera vem do grego: hidro + esfera = esfera da água. Compreende todos os rios, lagos ,lagoas e mares e todas as águas subterrâneas, bem como as águas marinhas e salobras, águas glaciais e lençóis de gelo, vapor de água, as quais correspondem a 71% de toda a superfície terrestre. A hidrosfera é uma das divisões da biosfera. Incluem-se na hidrosfera todos os organismos vivos que habitam na água ou dependem dela e também todos os habitats aquáticos.

A hidrosfera e a atmosfera juntas permitem a vida no planeta, tendo sido também os agentes formadores dos mais importantes combustíveis fósseis: o petróleo e o carvão.
Índice

A hidrosfera da Terra consiste principalmente nos oceanos, mas inclui todos os ambientes aquáticos, como citado anteriormente. A profundidade do oceano é de 3794 m (em média), mais de cinco vezes a altura média dos continentes. A massa dos oceanos é de aproximadamente 1.35 x 1018 toneladas, ou cerca de 1/4400 da massa total da Terra.

A abundância de água na Terra é uma característica original que distingue nosso chamado "planeta azul" de outros no sistema solar. Aproximadamente 70,8% (97% de água do mar e 3% de água doce) da Terra são cobertos de água e somente 29,2% de terra. A órbita solar, o vulcanismo, a gravidade, o efeito estufa e a atmosfera combinam-se para fazer da Terra um planeta de água.

A Terra é provavelmente o único planeta do sistema solar onde se encontra a água em estado líquido. Sem a ação do efeito estufa a água certamente congelaria. Estudos paleontológicos indicam que logo após as cianobactérias colonizarem os oceanos, o efeito estufa teria "falhado", e os oceanos teriam congelado por 10 a 100 milhões de anos. Tal acontecimento é chamado de Snowball Earth (em inglês).

Em outros planetas, tais como Vênus, a água gasosa é destruída pela radiação ultravioleta do sol, e o hidrogênio é ionizado e afastado pelo vento solar. Este efeito é lento, mas inexorável. Esta é uma hipótese que explica porque Vênus não teria nenhuma água.

Na atmosfera da Terra, uma camada tênue de ozônio dentro da estratosfera absorve a maior parte da radiação ultravioleta, reduzindo seus impactos. O ozônio pode ser produzido em uma atmosfera que contenha uma grande quantidade de oxigênio, produzido na biosfera (através das plantas).

O vulcanismo emite continuamente vapor de água oriundo do interior do planeta. O movimento das placas tectônicas libera dióxido de carbono. Os minerais presentes no interior da Terra contêm grande quantidade de água.
Ciclo hidrológico: A proporção entre os volumes das três esferas representadas na figura corresponde à dos volumes de água contidos nos continentes, nos oceanos e na atmosfera. As setas indicam a troca de água entre eles.
Ciclo hidrológico: A proporção entre os volumes das três esferas representadas na figura corresponde à dos volumes de água contidos nos continentes, nos oceanos e na atmosfera. As setas indicam a troca de água entre eles.

O ciclo da água descreve os métodos de transporte da água na hidrosfera. Este ciclo inclui a água presente abaixo da superfície e nas rochas (litosfera), a água presente nas plantas e nos animais (biosfera), a água que se encontra na superfície e a água que se encontra na atmosfera em forma de vapor, nuvem e chuva.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O SURGIMENTO DOS SERES VIVOS

De acordo com o grande pesquisador Darwin, que estava convencido de que as espécies se transformavam com o tempo, e que as pequenas diferenças que normalmente observamos entre uma geração e a sua prole acumulavam-se e, com o tempo, davam origem a uma nova espécie. Sabemos que peixes surgiram de outros seres menos complexos nos oceanos e dado origem aos anfíbios. Destes surgiram os répteis, ancestrais das aves e dos mamíferos. O homem, era apenas um produto dessa evolução, tendo surgido entre os mamíferos como o ser mais evoluído.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

TEIA E CADEIA ALIMENTAR

Cadeia alimentar é um esquema indicando A cadeia alimentar é a maneira de expressar as relações de alimentação entre um ser e outro. Iniciando-se nos seres produtores (os que produzem seu próprio alimento como plantas e vegetais) e passando para os consumidores primários, depois para os consumidores secundários e assim por diante. Os seres decompositores podem estar em qualquer lugar da teia alimentar pois eles podem se alimentar de qualquer animal ou qualquer planta e vegetal.

Teia ou é um conjunto de cadeias interconectadas, geralmente representado como um diagrama das relações entre os diversos organismos de um ecossistema. As teias alimentares, em comparação com as cadeias, apresentam situações mais perto da realidade, onde cada organismo se alimenta em vários níveis hierárquicos diferentes e produz uma complexa teia de interações alimentares. Todas as cadeias alimentares começam com um único organismo produtor, mas uma teia alimentar pode ter vários produtores. A complexidade de teias alimentares limita o número de níveis hierárquicos, assim como na cadeia. É dividido em Níveis tróficos e também Produtor e consumidores.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

A ESRUTURA INTERNA DA TERRA

A Terra é constituída, basicamente, por três camadas: Crosta - Camada superficial sólida que circunda a Terra; Manto - camada logo abaixo da crosta. É formada por vários tipos de rochas que, devido às altas temperaturas, encontram-se no estado pastoso e recebem o nome de magma; Núcleo - Compreende a parte central do planeta e acredita-se que seja formado por metais como ferro e níquel em altíssimas temperaturas.

O material do interior da Terra encontra freqüentemente a possibilidade de chegar à superfície, através de erupções vulcânicas e fendas oceânicas. Muito da superfície terrestre é relativamente novo, tendo menos de 100 milhões de anos; as partes mais velhas da crosta terrestre têm até 4,4 bilhões de anos.

ORIGEM DA TERRA

A Terra é um planeta do sistema solar, sendo o terceiro em ordem de afastamento do Sol e o quinto em diâmetro. É o maior dos quatro planetas telúricos. Entre os planetas do Sistema Solar, a Terra tem condições únicas: mantém grandes quantidades de água, tem placas tectônicas e um forte campo magnético. A atmosfera interage com os sistemas vivos. A ciência moderna coloca a Terra como único corpo planetário que possui vida, na forma como a reconhecemos. Alguns cientistas como James Lovelock consideram que a Terra é um sistema vivo chamado Gaia.

O planeta Terra tem aproximadamente uma forma esférica, mas a sua rotação causa uma deformação para a forma elipsoidal (achatada aos pólos). A forma real da Terra é chamada de Geóide, apresenta forma muito irregular, ondulada, matematicamente complexa.